sábado, 16 de julho de 2011

Jogos Mundiais Militares

Foram abertos oficialmente hoje os Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro. E a cerimônia de abertura tinha tudo pra ser sem graça (era um evento militar, afinal), mas "sem graça" é exatamente o oposto do que foi visto no Engenhão esta noite.

Começando de forma meio lenta, com muitas apresentações de bandas das Forças Armadas, Hino Nacional e desfile de quase 6 mil atletas, a cerimônia ameaçou usar novamente de forma errada um recurso que está se tornando clichê em cerimônias esportivas: projeções no gramado. Depois das Olimpíadas de Vancouver, todo mundo quer usar isso, mas a maioria não sabe como. Foi assim na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo da África do Sul e na de abertura da Copa América da Argentina (dessa estou com vergonha alheia alheia até hoje). A parte do mapa-múndi e as várias versões da palavra "Paz" foram um pouco bregas, sim, mas depois disso o efeito foi usado com propriedade.

Tivemos, claro, o clichê de falar do sol, do mar, da floresta (e nessa hora pensei estar vendo uma versão requentada da cerimônia de abertura do Pan 2007), mas também tivemos participações de crianças com coreografias muito legais para Aquarela e A Paz, clássicos da música brasileira, e uma declaração de abertura sem vaias (ok, Dilma tá só há seis meses no cargo e nem deu tempo de o povo esquecer que votou nela, como fizeram com Lula em 2007, mas foi um alívio).

O momento mais tenso, pra mim, foi o acendimento da pira. Não pelo acendimento em si, mas porque tive a nítida sensação de que a tocha apagou na mão de Pelé. A falta de closes nele enquanto subia a escadaria reforçaram essa impressão. Mas o fato é que a pira acendeu, os fogos estouraram, o samba rolou solto e tudo deu certo.

Parabéns aos idealizadores e aos executores desta cerimônia simples e bonita. Os Jogos começaram com o pé direito.

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